Quem não gosta de chocolate? Pode ser preto ou branco, amargo ou ao leite, líquido, em barra ou em ovos de páscoa: essa delícia é uma unanimidade mundial! Nada melhor, portanto, do que aprender um pouco mais sobre esse produto e as ligações que ele pode ter com nosso ano de Vestibular.
História:
Foram os maias os primeiros a
descobrir que da semente do cacau era possível extrair um líquido amargo capaz
de produzir força e disposição para quem o bebesse. Como parecia uma dádiva
divina ficou conhecido com o alimento dos deuses.
Cristóvão
Colombo foi o primeiro europeu a experimentar o cacau. Em 1502, na sua quarta e
última viagem à América, Colombo surpreendeu uma grande embarcação indígena que
transportava produtos agrícolas, incluindo grãos de cacau. Estes grãos eram
usados tanto para produzir uma bebida quanto como moeda.
Já no século XVI, no início da
colonização da América, a bebida foi levada para a Europa pelos espanhóis com o
rótulo de alimento energético e afrodisíaco. Na Europa a bebida amarga ganhou
outros ingredientes como o leite e o açúcar e, com o sabor bem mais agradável,
se tornou uma bebida de muito sucesso.
Mesmo assim o chocolate sofreu
com a resistência da igreja que achava que aquela sensação de prazer poderia
ser considerada um pecado. Com o passar dos anos a implicância com o chocolate
foi diminuindo e o produto virou um sucesso de vendas, dominando as prateleiras
de mercados em todo mundo.
Para atender a essa demanda, que
aumentou muito nos séculos XVIII e XIX, o cacau passou a ser plantado em
diversas colônias, entra elas o Brasil, particularmente no sul da Bahia (Ilhéus
e Itabuna). Durante o Império, o cacau foi um dos principais produtos de
exportação brasileiros ao lado do café, cana-de-açúcar e algodão. A Bahia
continua sendo o principal estado produtor de cacau no Brasil até os dias de
hoje.
A "Revista de História da Biblioteca Nacional”
edição n° 43 de abril de 2009 traz um dossiê especial sobre chocolate e alguns
artigos interessantes (Clique na imagem para acessar o site da Revista):
O doce sabor da América: O chocolate foi o primeiro
sabor americano a conquistar a Europa.( Eddy Stols)
Páscoa, tempo defesta: Evitar
os excessos? Que nada. No Brasil Colônia, as atividades da Quaresma agitavam a
vida social. (Georgina Santos)
Embalado para viagem: Sob o olhar admirado dos
estrangeiros, o Brasil do século XIX vivia a “civilização do cacau”. (Lucia
Maria Paschoal Guimarães)
A Bahia no centro do mundo: Na literatura de Jorge
Amado, personagens, ambientes e relações sociais retratam o período áureo do
cacau. (Antonio Guerreiro)
Chocolate amargo: Relatos narram as desventuras de
dois profissionais envolvidos com a iguaria (Fabiano Vilaça)
Literatura:
Um dos autores que melhor
transmitiu em sua obra o cenário da região cacaueira da Bahia foi Jorge Amado.
Em seu segundo livro, Cacau (1933), o autor mostra a realidade dos
trabalhadores de uma fazenda de cacau do sul da Bahia. O livro refletia as
tensões políticas da época e as escolhas ideológicas do autor. Conhecer a obra
de Jorge Amado é uma obrigação de todos os brasileiros em geral e de todos os
vestibulandos em particular, ainda mais neste ano de 2012 em que o autor
completaria 100 anos de nascimento.
Biologia:
Poucos conhecem a forma como o chocolate afeta o nosso organismo. Na grande mídia sempre encontramos reportagens que nos dão informações confusas, uma vez que alterna entre uma visão trazendo grandes riscos para a saúde e outra visão exaltando os seus benefícios. Afinal, comer um pequeno pedaço de chocolate é bom ou ruim?
Os benefícios à saúde provenientes do cacau e chocolate são conhecidos há centenas de anos. Quando Hernán Cortez visitou a América Central, uma de suas primeiras observações foi o uso rotineiro do chocolate. Naquela época o produto era consumido como medicamente sendo usado no tratamento de uma série de desordens como angina (princípios de infarto) e “dores no coração”.
A aterosclerose é responsável pela morte de 17 milhões de pessoas por ano no mundo (no Brasil cerca de 300 mil mortes/ano). Esta caracterizada como uma doença inflamatória que causa obstrução nos vasos sanguíneos arteriais, impedindo/dificultando a passagem de nutrientes e oxigênio. O processo de formação de placas ocorre quando partículas de colesterol LDL (“colesterol ruim”), leucócitos e monócitos penetram no vaso sanguíneos e passam a produzir espécies reativas de oxigênio (radicais livres) que vão causar lesões e depósitos de plaquetas que pode levar a formação de trombos. Além disso, os radicais livres são tóxicos às células do vaso sanguíneos, aumentando as chances do vaso obstruir, seguindo-se de trombose e inflamações.
O chocolate e o cacau possuem um composto denominado flavóides, em que doses corretas apresentam efeitos benéficos na prevenção de doenças cardiovasculares, diversos tipos de cânceres, inflamações e conseqüentemente diminuir os efeitos da formação de trombos nos vasos sanguíneos por ser vinculado a uma capacidade antioxidante.
Apesar do chocolate possuir muita gordura saturada, alguns estudos demonstram que o consumo tem efeitos neutros no colesterol LDL (“colesterol ruim”). Estudos recentes inclusive indicam que o consumo de chocolate amargo aumenta a concentração de colesterol HDL (“bom colesterol”).
Além disso o chocolate possuir endorfina e serotonina que atuam como calmante natural e alivia a sensação de dor. Em alguns casos, dependendo das concentrações, a dor pode ser substituída pela sensação do prazer e do bem estar. A endorfina é responsável pelo sentimento de euforia e êxtase que atua no sistema límbico. Inclusive, doses de serotonina são liberadas no corpo durante o orgasmo sexual, por esse motivo que as pessoas dizem que sexo e chocolate tem os mesmo efeitos relaxantes e deixam as pessoas felizes.
A ciência consegue explicar as várias características do chocolate que contribuem para a sua popularidade, mas ainda se discute como ocorrerão os seus efeitos pós-consumo. Mas uma coisa é certa: tanto do ponto de vista científico quanto sensorial, nada se compara ao chocolate.
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Sinopse:
Vianne Rocher (Juliette Binoche), uma jovem mãe solteira, e
sua filha de seis anos (Victorie Thivisol) resolvem se mudar para uma cidade
rural da França. Lá decidem abrir uma loja de chocolates que funciona todos os
dias da semana, bem em frente à igreja local, o que atrai a certeza da população
de que o negócio não vá durar muito tempo. Porém, aos poucos Vianne consegue
persuadir os moradores da cidade em que agora vive a desfrutar seus deliciosos
produtos, transformando o ceticismo inicial em uma calorosa
recepção.
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